Carrego, como um fardo,
um indestrutível coração;
o horizonte tranquilo, de
uma paixão desvairada,
uma carne fraca, um
sonho forte
e numa das mãos, a solidão.
Dilacero os olhos no escuro,
o olhar aceso num
instante febril,
a calma descerrada,
num palmo de tempo
compridamente reduzido.
Perto, mais perto...
enxerga-me como um
ponto sem encontro,
um elo a mais,
um vento...
Tenha-me quieta,
ou antes, intensa
e não minta.
Pergunto-te: que vês?
Como não bastassem
as lágrimas de um outono
eterno,
carrego um fardo
como quem voa...
Texto de : Thereza Chritina Rocque da Motta
Amei!
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